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Foto: Pedro Piegas (Diário) /
Com avanço da vacinação contra a Covid-19 em Santa Maria e no restante do país, mesmo que de forma tímida, o setor econômico começa a dar sinais de retomada. Com mais de 196 mil pessoas imunizadas com, ao menos, a primeira dose em Santa Maria, a avaliação de empresários e entes públicos é que a confiança na imunização, atrelada a um consumo represado, repercute no aumento da produção, vendas e geração de empregos.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia comprovam a retomada da geração de novos postos de trabalho. Até agosto, foram criados 1.535 empregos com carteira assinada em Santa Maria (confira o comparativo com o mesmo período do ano passado no gráfico ao lado).
- O comportamento do consumidor move a economia. Com a vacinação avançando, as pessoas tem uma sensação maior de segurança - afirma a secretária de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, Ticiana Fontana.
Além do Caged, a chefe da pasta destaca os números positivos para a economia da cidade ao longo do ano. Somente o Parque Tecnológico Industrial de Santa Maria, que abriga 41 empresas, já superou, até julho, em R$ 1 milhão o faturamento de todo o ano passado. O setor industrial é responsável por 11% do Produto Interno Bruto (PIB) da cidade. Além disso, a arrecadação de ICMS cresceu 22% no primeiro semestre deste ano em comparação ao ano passado.
Dados da secretaria também já demonstram um crescimento na comercialização de calçados e vestuário.
- Entendemos que o avanço da vacinação torna o ambiente mais próximo da normalidade. Com as pessoas se sentindo mais seguras, elas voltam a transitar nas ruas e no comércio. Isso estimula muito o consumo, refletindo positivamente nas vendas - relata o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Santa Maria (CDL), Marcio Rabelo.
O presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism), Luiz Fernando Pacheco, também enxerga uma retomada econômica atrelada ao avanço da vacinação. No entanto, ele alerta para a dependência econômica que Santa Maria tem em relação ao setor público, que ainda não voltou com a totalidade de suas atividades presenciais.
- A economia está se recuperando, com muita dificuldade. É uma recuperação muito difícil depois dos últimos 12 meses. Mas a cidade tem uma característica própria, pois a economia não é simplesmente baseada no setor privado. Principalmente a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que não retornou aos trabalhos presenciais. No mercado imobiliário, por exemplo, os aluguéis de um e dois dormitórios estão parados - aponta Pacheco.
Restaurantes
Alvo de um novo decreto afrouxando as regras de funcionamento, o setor gastronômico surfa a onda do crescimento da circulação de pessoas vacinadas. Agora, o setor pode funcionar até a 1h, apesar de que a maioria dos estabelecimentos tenha alvará, apenas, para funcionar até a meia-noite.
Segundo dados da Associação de Hotéis, Bares, Restaurantes e Agências de Viagem de Santa Maria (Ahturr), a estimativa é de que o movimento aumentou 30% com o novo horário e a liberação da música ao vivo.
- A vacina cria um cenário mais positivo, muda a psicologia e o modo de pensar. Isso está dando ao setor um novo modo de visualizar o futuro. Ou seja, novas expectativas perante ao próprio negócio - relata o presidente da entidade, Emerson Nereu, ao ressaltar a importância da imunização completa, com a aplicação da segunda dose contra a Covid-19.
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